Sou apaixonada pelo estudo desta enzima pelas suas características fantásticas, entre elas serem pró e antiapoptóticas.
A enzima GSK-3, tem a capacidade tanto de aumentar quanto diminuir o limiar apoptótico. Estes efeitos aparentemente paradoxais são devidos à regulação oposta pela GSK3 das duas principais vias de sinalização apoptótica. A GSK3 promove a morte celular causada pela via mitocondrial intrínseca, mas inibe a sinalização apoptótica extrínseca mediada por receptor. A sinalização apoptótica intrínseca, ativada pelo dano celular, é promovida pela GSK3 por facilitação dos sinais que causam destruição das mitocôndrias e por regulação dos fatores de transcrição que controlam a expressão de proteínas pró ou anti apoptóticas. As vias apoptóticas extrínsecas necessitam dos ligantes extracelulares estimulando receptores de morte celular da superfície da célula que iniciam a apoptose ativando a caspase-8. Seu passo inicial na sinalização apoptótica extrínseca é inibido pela GSK-3. Portanto a GSK-3 modula passos chaves em cada uma das principais vias de apoptose, mas em direções opostas. Conseqüentemente os inibidores da GSK3 protegem do estimulo da apoptose pelas vias intrínsecas de sinalização apoptótica, mas estimulam a apoptose potencializando os sinais extrínsecos de apoptose. Os estudos desta habilidade excêntrica são muito importantes para fundamentar o uso racional de inibidores de GSK3 para intervenções terapêuticas.
domingo, 2 de agosto de 2009
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